RESENHA BD
Renaissance 1: The Uprooted
19-01-2020
Escrito pelo argumentista francês Fred Duval e ilustrado pelo artista conterrâneo Emem, este livro apresenta a estória de uma invasão alienígena – Primeiro Contato – na qual uma confederação de extraterrestres viajaram para o nosso planeta para nos ajudar a evitar a nossa própria extinção. Este é um tema recorrente na ficção científica e tem sido usado noutras narrativas como a série televisiva “V” (1984/ 2009) e o filme “Arrival” (2016). Neste primeiro volume – “Renaissance 1: The Uprooted” – é difícil perceber se as intenções dos ‘invasores’ é completamente benigna, como em “Arrival”, ou se estas escondem motivos mais sombrios como em “V”. Os próximos volumes irão responder a esta questão.
O ‘worldbuilding’ desta série é muito bom. A atenção ao detalhe por parte dos autores é fantástica como pode ser observado na tecnologia humana (tanques caminhantes, carros e bicicletas) e na tecnologia extraterrestre (fatos, armas e naves). A atenção dada ao planeta dos protagonista alienígenas, o casal de recém-casados Swänn e Sätie, é extraordinária: a fauna e a flora, a arquitetura, o modo de vida, os rituais e outros elementos.
Escrito pelo argumentista francês Fred Duval e ilustrado pelo artista conterrâneo Emem, este livro apresenta a estória de uma invasão alienígena – Primeiro Contato – na qual uma confederação de extraterrestres viajaram para o nosso planeta para nos ajudar a evitar a nossa própria extinção. Este é um tema recorrente na ficção científica e tem sido usado noutras narrativas como a série televisiva “V” (1984/ 2009) e o filme “Arrival” (2016). Neste primeiro volume – “Renaissance 1: The Uprooted” – é difícil perceber se as intenções dos ‘invasores’ é completamente benigna, como em “Arrival”, ou se estas escondem motivos mais sombrios como em “V”. Os próximos volumes irão responder a esta questão.
O ‘worldbuilding’ desta série é muito bom. A atenção ao detalhe por parte dos autores é fantástica como pode ser observado na tecnologia humana (tanques caminhantes, carros e bicicletas) e na tecnologia extraterrestre (fatos, armas e naves). A atenção dada ao planeta dos protagonista alienígenas, o casal de recém-casados Swänn e Sätie, é extraordinária: a fauna e a flora, a arquitetura, o modo de vida, os rituais e outros elementos.
Os nomes Swänn e Sätie foram-lhes atribuídos devido ao facto dos seus verdadeiros nomes serem impronunciáveis por seres humanos mas, de forma caricata, eles parecem usar os nomes de código antes da missão de ‘salvar’ o planeta Terra. As suas famílias, inclusive, usam os nomes quando se dirigem a eles. Um pormenor, é verdade, mas retira qualidade a uma narrativa interessante. Eu li a versão digital em inglês que o site da Europe Comics disponibiliza online (2,49€). O livro tem alguns defeitos mínimos na tradução, alguns buracos narrativos com a questão dos nomes dos ‘aliens’ que referi em cima e diálogos e exposição que é desnecessária. No último caso há informação que serve simplesmente o propósito de informar o leitor e que, na minha perspetiva, podia ser descartada.
A arte é boa (muito boa em algumas páginas) mas as gradações de cor em algumas faces humanas são demasiado artificiais, assim como algumas expressões. Em relação ao enredo: posso dizer que este Primeiro Contato não irá decorrer como a confederação extraterrestre julga que irá decorrer. Existem muitas fações humanas que lutam entre si e temos uma ‘dica’ de que uma fação de inteligência artificial irá entrar na luta pelo planeta. Este livro pode ser o início de uma longa série se os autores souberem apresentar um ponto de vista original e pertinente. No geral parece-me ser um livro (e-book) interessante e recomendo-o não só pelo seu conteúdo como também pelo seu preço deveras convidativo.
Marco Fraga Silva
Marco Fraga Silva
Renaissance 1: The Uprooted
Argumento: Frédéric Blanchard, Fred Duval
Arte: Emem
Publicação: Europe Comics