A a Z da BD
J é de Jeremiah
2017-06-24
Criada pelo autor de BD belga Hermann e publicada a partir de 1979, esta série decorre no território dos actuais Estados Unidos da América num hipotético futuro próximo (que seria para nós, hoje no século XXI, o presente) em que, por consequência de uma guerra racial entre brancos e negros, a sociedade norte-americana se desagregou, regredindo a um estágio equivalente ao do velho oeste. O seu protagonista, o homónimo Jeremiah, é um jovem sobrevivente do massacre de uma pequena comunidade agrícola, que, ao longo da série, irá passar por experiências e aventuras que o vão amadurecendo da ingenuidade para o mundo adulto. Ao longo das suas aventuras, Jeremiah tem como companheiro e contraponto Kurdy Malloy, um mercenário cínico de reputação duvidosa com quem cultiva uma relação de amor-ódio e partilha um forte sentido de justiça face às situações com que se vão deparando no cenário pós-apocalíptico que percorrem.
Criada pelo autor de BD belga Hermann e publicada a partir de 1979, esta série decorre no território dos actuais Estados Unidos da América num hipotético futuro próximo (que seria para nós, hoje no século XXI, o presente) em que, por consequência de uma guerra racial entre brancos e negros, a sociedade norte-americana se desagregou, regredindo a um estágio equivalente ao do velho oeste. O seu protagonista, o homónimo Jeremiah, é um jovem sobrevivente do massacre de uma pequena comunidade agrícola, que, ao longo da série, irá passar por experiências e aventuras que o vão amadurecendo da ingenuidade para o mundo adulto. Ao longo das suas aventuras, Jeremiah tem como companheiro e contraponto Kurdy Malloy, um mercenário cínico de reputação duvidosa com quem cultiva uma relação de amor-ódio e partilha um forte sentido de justiça face às situações com que se vão deparando no cenário pós-apocalíptico que percorrem.
Apesar de cada livro da série conter uma história independente, existem personagens recorrentes que estabelecem elos e continuidade entre diferentes capítulos. Em termos de género, a série pode inserir-se dentro do tipo "pós-apocalíptico", muito popularizado por filmes como "Mad Max". Por baixo dessa superfície, as aventuras têm sempre uma forte componente de crítica social, abordando temas como a escravatura, o racismo, o fanatismo religioso ou a pedofilia.
Em termos gráficos, o desenho de Herman é claramente influenciado pelo trabalho de Jean Giraud em Blueberry, sem deixar de ser pessoal. Os cenários são muito detalhados e naturalistas, revelando particular atenção com o pormenor e os ambientes. As personagens são retratadas de forma muito naturalista e verosímil, havendo uma clara intenção em não cair na criação de figuras idealizadas e esterotipadas, normalmente associadas ao tipo de género em que esta série pode ser inserida. Inicialmente, a cor utilizada é típica do final dos anos 70, bastante expressionista. A partir de 1996, Herman passou a utilizar "cores directas", resultando num tratamento um pouco mais naturalista da cor.
Até 2015, a série teve um total de 34 livros publicados.
Esta BD teve uma adaptação bastante livre ao formato de série televisiva pelo canal Showtime, tendo sido originalmente difundida ao longo de 35 episódios de 43 minutos cada entre 2002 e 2004.
Em Portugal, os livros de "Jeremiah" foram publicados pela Meribérica e pela Vitamina BD.