RESENHA BD
Holy #04, de Rafael Marques e Katiurna
12-07-2022
Tenho seguido com muito interesse a continuidade da publicação desta série criada por dois jovens criadores portugueses. Holy é, tanto quanto sei (e estejam à vontade para me mostrar o que não sei), a única publicação regular de banda desenhada que aposta numa história contínua, de forma episódica. Podemos dizer o mesmo da também interessante Uluru, mas a Holy segue a via tradicional da edição em papel. Regularmente, sai uma nova edição, que vai dando continuidade a uma história com premissa intrigante e caminhos divertidos.
Em Holy, os anjos celestiais tornaram-se parte de uma agência que os usa para serviços sujos, preferencialmente eliminação de alvos com extremo prejuízo. Deus não é tido nem achado, este céu é controlado por uma misteriosa entidade que ainda não conhecemos. Nem todos os anjos, agora assassinos altamente especializados e exímios utilizadores das mais variadas armas, estão pelos ajustes com a situação. E, quando um anjo cuja consciência não lhe permite terminar uma missão que envolve eliminar uma criança, a sua queda é seguida de uma série de tropelias. Uma missão não cumprida não cai bem na cúpula celestial, mas a caça ao anjo caído que protege a sua vítima acaba por despoletar outras forças dentro da agência celestial.
Tenho seguido com muito interesse a continuidade da publicação desta série criada por dois jovens criadores portugueses. Holy é, tanto quanto sei (e estejam à vontade para me mostrar o que não sei), a única publicação regular de banda desenhada que aposta numa história contínua, de forma episódica. Podemos dizer o mesmo da também interessante Uluru, mas a Holy segue a via tradicional da edição em papel. Regularmente, sai uma nova edição, que vai dando continuidade a uma história com premissa intrigante e caminhos divertidos.
Em Holy, os anjos celestiais tornaram-se parte de uma agência que os usa para serviços sujos, preferencialmente eliminação de alvos com extremo prejuízo. Deus não é tido nem achado, este céu é controlado por uma misteriosa entidade que ainda não conhecemos. Nem todos os anjos, agora assassinos altamente especializados e exímios utilizadores das mais variadas armas, estão pelos ajustes com a situação. E, quando um anjo cuja consciência não lhe permite terminar uma missão que envolve eliminar uma criança, a sua queda é seguida de uma série de tropelias. Uma missão não cumprida não cai bem na cúpula celestial, mas a caça ao anjo caído que protege a sua vítima acaba por despoletar outras forças dentro da agência celestial.
Esta história tem vindo a ser desenvolvida em episódios, um por edição, à semelhança dos comics. Holy é, talvez, o único comic português, embora o estilo visual seja claramente de inspiração no manga. Esta sequencialidade torna a história algo imprevisível, sabemos que há uma lógica sequencial, mas a cada nova edição a narrativa mostra-nos novos e surpreendentes caminhos.
O trabalho de argumento de Rafael Marques é sólido, e está a mostrar-se cada vez mais solto, menos formalista, à medida que continua a narrativa. Katiurna, a ilustradora, é claramente influenciada pelo mangá, na forma como se concentra nas proximidades, detalhes e figura humana, criando vinhetas dinâmicas que funcionam muito bem na estrutura narrativa. Embora, confesso, o meu olho mais clássico preferisse ver mais fundos detalhados. Mas isso é uma questão de influências. A cada novo número, a dupla criativa de Holy surpreende, mantendo um projeto interessante e cativante de banda desenhada.
Artur Coelho
O trabalho de argumento de Rafael Marques é sólido, e está a mostrar-se cada vez mais solto, menos formalista, à medida que continua a narrativa. Katiurna, a ilustradora, é claramente influenciada pelo mangá, na forma como se concentra nas proximidades, detalhes e figura humana, criando vinhetas dinâmicas que funcionam muito bem na estrutura narrativa. Embora, confesso, o meu olho mais clássico preferisse ver mais fundos detalhados. Mas isso é uma questão de influências. A cada novo número, a dupla criativa de Holy surpreende, mantendo um projeto interessante e cativante de banda desenhada.
Artur Coelho
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Holy #04
Autores: Rafael Marques, Katiurna
Editora: RK Comics
Ano de edição: 2022
Páginas: 26 páginas, capa mole
Preço: 7€
Holy #04
Autores: Rafael Marques, Katiurna
Editora: RK Comics
Ano de edição: 2022
Páginas: 26 páginas, capa mole
Preço: 7€