JOSÉ MARONO
2016-11-21
Apresentamos uma pequena biografia especial narrada pela 1º pessoa, pelo próprio autor. Deste modo será possível conhecer um pouco melhor José Marono e a sua relação com as artes e a ilustração.
Desde que me lembro andava sempre a “riscar”. Os desenhos ganhavam vida e na minha imaginação os meus amigos fantasmas eram sempre super-heróis.
Queria a todo custo desenhar os que via nos livros e revistas, mas irritava-me ver que o meu irmão, oito anos mais velho, os fazia quase na perfeição que eu desejava fazer ; percebi, mais tarde que ele os copiava por cima e, na batota dele vi como poderia aprender a superar as minhas primeiras dificuldades.
Na escola, fui fazendo o necessário para cumprir, passando mais tempo nos cafés do que nas salas de aulas, a gastar guardanapos, em rabiscos de heróis e heroínas que teimavam em não fazer histórias.
Nos anos oitenta, com Portugal a entrar na CEE, aproveitei e fiz uma série de cursos que, uns mais outros menos, faziam-me crescer em algumas técnicas e conhecimentos; por vezes, dependendo também do empenho dos professores em participarem nas aulas, em vez de cumprirem só calendário e ganharem umas coroas europeias.
Com a Mocar, o desenho técnico e industrial foi a componente enfadonha mas importante para um conhecimento preciso em algumas matérias. Depois, um curso de vitrinista, a estética e o design como uma forma importante de comunicação e, mais tarde, a pintura decorativa em azulejo foram alguns dos meios de ver outras realidades.
Desde que me lembro andava sempre a “riscar”. Os desenhos ganhavam vida e na minha imaginação os meus amigos fantasmas eram sempre super-heróis.
Queria a todo custo desenhar os que via nos livros e revistas, mas irritava-me ver que o meu irmão, oito anos mais velho, os fazia quase na perfeição que eu desejava fazer ; percebi, mais tarde que ele os copiava por cima e, na batota dele vi como poderia aprender a superar as minhas primeiras dificuldades.
Na escola, fui fazendo o necessário para cumprir, passando mais tempo nos cafés do que nas salas de aulas, a gastar guardanapos, em rabiscos de heróis e heroínas que teimavam em não fazer histórias.
Nos anos oitenta, com Portugal a entrar na CEE, aproveitei e fiz uma série de cursos que, uns mais outros menos, faziam-me crescer em algumas técnicas e conhecimentos; por vezes, dependendo também do empenho dos professores em participarem nas aulas, em vez de cumprirem só calendário e ganharem umas coroas europeias.
Com a Mocar, o desenho técnico e industrial foi a componente enfadonha mas importante para um conhecimento preciso em algumas matérias. Depois, um curso de vitrinista, a estética e o design como uma forma importante de comunicação e, mais tarde, a pintura decorativa em azulejo foram alguns dos meios de ver outras realidades.
Como a vida não era só cursos da CEE, para além de eles se extinguirem, procurei alguns trabalhos, naquilo a que chamo de subsistência. Alguns retratos, pinturas de telas e… paredes de casa. Tempos mais difíceis, quando se anda à procura de um caminho e afirmação nesta sociedade mas, lá com mais ou menos vontade, fiz de tudo um pouco.
Com o know-how técnico da decoração, trabalhei uns tempos numa empresa de decoração e foram casas e lojas, umas atrás das outras, com mais ou menos sofás e móveis…
A vida levou-me a outros tempos e, no meio de buracos, terra e lama das escavações arqueológicas (para o IPPAR, actual Direção-Geral do Património Cultural), desenhei restos de vestígios de outras eras e que, algumas vezes até pareciam reconstituíadas; quase que me sentia nas histórias de Alix. Esta experiência e conhecimentos levou-me a terras do Alentejo onde a influência árabe predominava mas, o que mais me impressionava era mesmo a força da paisagem e as sensações de um Simon du Fleuve sempre que ia passear às Minas de S. Domingos.
O espaço muda-nos e há por estas paisagens um chamamento constante de inspiração e liberdade, mas também de um isolamento, às vezes bom, outras nem tanto.
Um amigo, a necessitar de ajuda, convidou-me para trabalhar com ele em design gráfico, onde eram precisas muitas vezes ilustrações, para além das várias paginações, exposições e decorações necessárias.
Este tempo de muito trabalho e noites pouco dormidas deram-me uma experiência que foi fundamental e clientes como a Artinvento, Letras Encantadas, Câmaras Municipais de Cascais, Oeiras, Almeida, Mértola, Barrancos, ADPM que, entre outros, tentavam afastar-me dos meus heróis…pelo meio, com o mesmo amigo, fizemos algumas tentativas de criar uma BD e foi com estas tentativas que veio o basta a tudo o que me afastava do que realmente gosto – a banda desenhada! Nem a música que tanto me apaixona me ia distrair mais. Foi tudo importante e mesmo algumas das coisas que nada tiveram a ver com arte de desenhar, estão nos traços que hoje em dia faço.
Este tempo de muito trabalho e noites pouco dormidas deram-me uma experiência que foi fundamental e clientes como a Artinvento, Letras Encantadas, Câmaras Municipais de Cascais, Oeiras, Almeida, Mértola, Barrancos, ADPM que, entre outros, tentavam afastar-me dos meus heróis…pelo meio, com o mesmo amigo, fizemos algumas tentativas de criar uma BD e foi com estas tentativas que veio o basta a tudo o que me afastava do que realmente gosto – a banda desenhada! Nem a música que tanto me apaixona me ia distrair mais. Foi tudo importante e mesmo algumas das coisas que nada tiveram a ver com arte de desenhar, estão nos traços que hoje em dia faço.
Ficam aqui alguns links para descobrir o trabalho do José Marono:
https://www.facebook.com/jose.marono.9
http://nabisga.deviantart.com/gallery/