A a Z da BD
I é de Iznogoud
2017-06-09
Criada por René Goscinny e Jean Tabary, esta série de bd humorística, que viria a ficar célebre mais tarde como Les aventures du grand vizir Iznogoud, foi publicada pela primeira vez a 25 de Janeiro de 1962 no número um da revista Record, sob o título Les aventures du calife Haroun El Poussah. Iznogoud (cujo nome joga com a expressão inglesa he's no good), que começou por ser uma personagem secundária, é um ambicioso grão-vizir que ambiciona tomar o lugar do seu bondoso soberano, o califa, tendo por lema "ser califa no lugar de califa". Entretanto, a popularidade de Iznogoud catapultou-o para o protagonismo da série, destacando-a pela originalidade de ter como principal figura o vilão da trama.
Criada por René Goscinny e Jean Tabary, esta série de bd humorística, que viria a ficar célebre mais tarde como Les aventures du grand vizir Iznogoud, foi publicada pela primeira vez a 25 de Janeiro de 1962 no número um da revista Record, sob o título Les aventures du calife Haroun El Poussah. Iznogoud (cujo nome joga com a expressão inglesa he's no good), que começou por ser uma personagem secundária, é um ambicioso grão-vizir que ambiciona tomar o lugar do seu bondoso soberano, o califa, tendo por lema "ser califa no lugar de califa". Entretanto, a popularidade de Iznogoud catapultou-o para o protagonismo da série, destacando-a pela originalidade de ter como principal figura o vilão da trama.
Haroun El Poussah é o calmo e pacífico califa da mítica Bagdad do tempo das Mil e Uma Noites, um governante amado pelos seus súbditos que tem por grão-vizir o aparentemente devoto Iznogoud. Na realidade, Iznogoud é um ignóbil, cruel e ambicioso traste que congemina toda a sorte de estratagemas e planos secretos para matar ou retirar o Califa do poder e assim suceder-lhe. Frequentemente, Iznogoud recorre à ajuda do seu servo Dilat Laraht, que inutilmente procura alertar o seu amo para a inviabilidade ou precariedade dos seus esquemas. Para frustração de Iznogoud, os seus projectos são sempre gorados, quer pela sua estupidez, quer pela sorte extrema do califa, acabando invariavelmente por ficar em maus lençóis no final de cada história. No início de cada aventura, há um reset, começando tudo novamente a partir da premissa original.
Os argumentos de Goscinny criam uma sucessão de engenhosos gags humorísticos, através de uma fórmula que parte da mesma situação de base e que redundam sempre num final semelhante, não caindo nunca na monotonia ou numa simples repetição mecânica. O desenho de Jean Tabary, altamente caricatural, aproxima-se do estilo de Albert Uderzo em Astérix, a outra colaboração famosa do argumentista comum René Goscinny.
Iznogoud passou a ser publicado no formato de livro a partir de 1966, tendo já sido publicados mais de 30 volumes, contando com as edições fora da série normal. Após a morte de Goscinny, Jean Tabary passou a assegurar igualmente os argumentos da série, sucedendo-lhe a partir de 2008, Nicolas Canteloup e Laurent Vassilian nos argumentos, e o seu filho Nicolas Tabary, nos desenhos.
A série já teve diversas adaptações a outros media, incluindo ao desenho animado, através de uma série de TV, e ao cinema, num filme lançado em 2005.
Em Portugal, Iznogoud foi publicado pela Meribérica e pela ASA.