RESENHA BD
Revista H-alt #7
30-04-2019
Quando abordava a H-alt nas páginas do aCalopsia, depressa me apercebi que as apreciações iriam decair numa certa circularidade. A cada leitura, sentia que não havia nada de novo a dizer a cada novo número desta revista. É isso que a torna notável. Já o escrevi, e inevitavelmente repito. O papel desta publicação é dar-nos a conhecer talentos novos, em estado cru, que começam a dar os primeiros passos na BD. Apesar dos cuidados na curadoria, não são especialmente sofisticados, e percebe-se que boa parte deles tem ainda um longo caminho a percorrer. É por isso que numa publicação sempre tão cheia de novidades, não há muito de novo a dizer.
Como leitor, sublinho que é bom ficar a conhecer estes primeiros passos. Descobrir palavras e traço de argumentistas e desenhadores que, se não desistirem ou perderem a inspiração, tornar-se-ão praticantes da arte de contar histórias de BD. Com um âmbito mais alargado do que o dos fanzines, a H-alt mostra estes jovens talentos aos leitores do género. E fá-lo, não resisto a observar, de uma forma mais inteligente do que a Escorpião Azul. Esta editora também se distingue por também apostar nas novas vozes. Mas atua de forma pouco coerente, claramente sem edição, sem um olhar que aconselhe aos seus autores melhorias narrativas e gráficas. Isso reflete-se na qualidade assimétrica das suas edições. Poucas são as que conseguem manter um elevado nível gráfico e narrativo (Sintra e Jardim dos Espectros são dois excelente exemplos do melhor que esta editora nos traz.
Já da H-alt não esperamos sofisticação, mas sim talento cru. Este novo número da revista/fanzine mantém, como habitual, o que esperamos dela. Um grande conjunto de histórias que nos parecem incompletas ou a precisar de melhor desenvolvimento, mas a mostrar a grande promessa dos seus autores.
Quando abordava a H-alt nas páginas do aCalopsia, depressa me apercebi que as apreciações iriam decair numa certa circularidade. A cada leitura, sentia que não havia nada de novo a dizer a cada novo número desta revista. É isso que a torna notável. Já o escrevi, e inevitavelmente repito. O papel desta publicação é dar-nos a conhecer talentos novos, em estado cru, que começam a dar os primeiros passos na BD. Apesar dos cuidados na curadoria, não são especialmente sofisticados, e percebe-se que boa parte deles tem ainda um longo caminho a percorrer. É por isso que numa publicação sempre tão cheia de novidades, não há muito de novo a dizer.
Como leitor, sublinho que é bom ficar a conhecer estes primeiros passos. Descobrir palavras e traço de argumentistas e desenhadores que, se não desistirem ou perderem a inspiração, tornar-se-ão praticantes da arte de contar histórias de BD. Com um âmbito mais alargado do que o dos fanzines, a H-alt mostra estes jovens talentos aos leitores do género. E fá-lo, não resisto a observar, de uma forma mais inteligente do que a Escorpião Azul. Esta editora também se distingue por também apostar nas novas vozes. Mas atua de forma pouco coerente, claramente sem edição, sem um olhar que aconselhe aos seus autores melhorias narrativas e gráficas. Isso reflete-se na qualidade assimétrica das suas edições. Poucas são as que conseguem manter um elevado nível gráfico e narrativo (Sintra e Jardim dos Espectros são dois excelente exemplos do melhor que esta editora nos traz.
Já da H-alt não esperamos sofisticação, mas sim talento cru. Este novo número da revista/fanzine mantém, como habitual, o que esperamos dela. Um grande conjunto de histórias que nos parecem incompletas ou a precisar de melhor desenvolvimento, mas a mostrar a grande promessa dos seus autores.
Nesta edição, destaco algumas boas surpresas. Maldição, por Jorge Santos, Raphael Andrade, Daniel Franco e Catarina Eusébio surpreende pelo seu argumento. O surrealismo cómico (e cósmico, para perceber porquê leiam a revista) de Telescope de James Johnson. Code Zero de Jacky Filipe desperta a atenção pelo grafismo. No Princípio de Tomás Agostinho e Daniel Garcia atreve-se a ser assumidamente Ficção Científica. O Jogo de Nil, de Pedro Cruz, distingue-se pelo estilo gráfico. sublinho a acutilância política de Alguém de Culhão de ABC (curioso pseudónimo). E outra boa surpresa, a solidez gráfica e narrativa de Tic Tac de Edgar Ascensão e Hugo Maciel.
Um novo número da H-alt é sempre um mergulho no talento cru do potencial futuro da banda desenhada portuguesa. Este sétimo volume mantém a continuidade.
Artur Coelho
Um novo número da H-alt é sempre um mergulho no talento cru do potencial futuro da banda desenhada portuguesa. Este sétimo volume mantém a continuidade.
Artur Coelho
Revista H-alt #7
Autor: Vários
Editora: H-alt
Ano de edição: 2019
Páginas: 156, capa mole
Preço: 10€